sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O MINISTÉRIO DE ANCIÃO


                                    O ANCIÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

O vocábulo hebraico para ancião é “zaqen”, de acordo com Emílio Conde tal termo ocorre 174 vezes nas Escrituras hebraicas, significando “velho, idoso.” Segundo o mesmo pesquisador, este vocábulo é usado para escravo mais velho na casa (Gênesis 24.2), uma classe social específica (Êxodo 19.7), a totalidade dos homens maduros, com competência legal em uma comunidade (1Samuel 16.4).

Sabemos que no Antigo Pacto, a idade avançada não era requisito para se fazer parte do grupo de anciãos, com efeito: 

No antigo Testamento, por exemplo, ancião não significava apenas uma pessoa idosa, de cabelos brancos, no caso da vida. Além do significado comum, era-lhe atribuída a característica de pessoa respeitável, chefe natural da comunidade ou tribo; conselheiro ou juiz do povo.” (Conde, Emílio. Tesouro de Conhecimentos Bíblicos – História, Geografia e Usos e costumes do Povo de Israel, 10ª Impressão 2011, pág. 49. CPAD, Rio de Janeiro – RJ – Brasil).

Portanto, no Antigo Testamento o vocábulo “ancião” nem sempre está relacionado ao significado de homem velho, mas a um grupo social ou classe de pessoas respeitadas pela sociedade. Estes eram os chefes das tribos, os conselheiros do povo:

Mesmo que a maioria dos conselheiros fosse de idade avançada, essa não era uma norma ou condição para fazer parte do grupo de anciãos.” (Conde, Emílio. Tesouro de Conhecimentos Bíblicos – História, Geografia e Usos e Costumes do Povo de Israel, 10ª Impressão 2011, pág. 49. CPAD, Rio de Janeiro – RJ – Brasil).

Quando Moisés achou pesado o seu cargo, reclamou ao Senhor e Este lhe designou setenta anciãos para ajudá-lo a levar a carga do povo:

Eu só não posso levar todo este povo, porque muito pesado é para mim. E se assim fazes comigo, mata-me, peço-te, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixes ver o meu mal. E disse o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem anciãos do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da congregação, e ali estejam contigo. Então eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu não a leves sozinho.” (Números 11.14,15,16,17).

Baseado no número de setenta anciãos (+1) é que, segundo o judaísmo, foi formado o tribunal judaico, o Sinédrio. Dentre os muitos seguidores, Jesus designou setenta discípulos, e mandou-os adiante da sua face, de dois em dois, a todas as cidades e lugares aonde ele havia de ir (Lucas 10.1).

Pelo Sinédrio (heb. sanhedrîn) nosso Senhor Jesus Cristo foi injustamente condenado (Mateus 26.57...) e levado a Pôncio Pilatos para ser crucificado (Mateus 27.26).  Na cruz, com a morte do testador de um melhor Concerto (Hebreus 9.15,16,17), foi implantado e ratificado a Nova Aliança, o Novo Testamento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

                                        O MINISTÉRIO DE ANCIÃO NA NOVA ALIANÇA

O ancionato foi ratificado por Deus em todas as igrejas cristãs, tanto nas igrejas dos hebreus quanto nas igrejas dos gentios:

A influência e o prestígio dos anciãos também penetraram na igreja primitiva, pois eles ocupavam os cargos mais destacados, isto é, a posição de dirigentes. O apóstolo Paulo, conforme se lê em Atos, estando na cidade de Mileto “mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja” (At 20.17).” (Conde, Emílio. Tesouro de Conhecimentos Bíblicos – História, Geografia e Usos e Costumes do Povo de Israel, 10ª Impressão 2011, pág. 52. CPAD, Rio de Janeiro – RJ – Brasil).

Importante: Não devemos confundir os anciãos cristãos com os anciãos do judaísmo, não se deve confundir os anciãos que viveram debaixo da Nova Aliança com os que viveram debaixo do Antigo Pacto. Os anciãos que governavam as igrejas cristãs eram seguidores de Cristo, em contraste, os anciãos que viveram sob a Lei combateram nosso Mestre e o condenaram como digno de morte.

No início de Seu ministério, o Senhor Jesus chamou os discípulos e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de “apóstolos” (Mateus 6.13), originando assim, o ofício apostólico. Com a morte de Judas Iscariotes (Mateus 27.3,4,5) o ministério que este havia recebido junto aos demais apóstolos ficara vago, sendo tal ministério um “encargo, bispado ou ofício”, do grego “episkopê” (Atos 1.20):

Porque está escrito no livro de Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.”

Tal passagem se refere a Salmos 109.8, na Bíblia Hebraica: “Îhiu-yamaiv me‘atîm pequdato îqah ‘asher”.

Na Septuaginta para “encargo, bispado” ocorre o termo “episkopê,” no original hebraico corresponde a pequdah”, isto é, nomeação, serviço, ofício. Em nossas Bíblias, o Salmo 109 corresponde ao 108 da Septuaginta. O vocábulo grego “episkopê” em nossa versão ARC (Salmos 109.8) é traduzido por “ofício”, a própria Bíblia desmente alguns pastores assembleianos, estes afirmam que o termo ancião ou bispo não corresponde aos oficiais da igreja. Portanto, todos os apóstolos eram bispos ou anciãos da igreja de Cristo, foi para o ofício de ancião que Matias foi escolhido para ocupar junto aos doze o “bispado” outrora vago (Atos 1.24,25,26).

Pelo ministério de ancião as igrejas primitivas eram pastoreadas ou apascentadas (Atos 20.17,28), em cada igreja havia anciãos (Atos 14.23). No tocante a Atos 14.23, é dito que os anciãos, presbíteros foram constituídos pelos apóstolos e não pela igreja:

Diz F. W. Grant: No caso das assembléias aqui, os apóstolos escolheram anciãos para elas; por isso entendemos que elas mesmas não tinham condições espirituais para fazê-lo.” (S. E. McNair. A Bíblia Explicada, 8ª Edição 1992, pág. 397. CPAD, Rio de Janeiro – Brasil).

O apóstolo Paulo disse ser um “embaixador” (Efésios 6.20) em cadeias, para o termo “embaixador” o original grego usa a palavra “presbeuõ”, derivado de “presbys” (ancião), isto é, um ancião, mensageiro de uma autoridade dominante, embaixador de Cristo!

Para tratar e deliberar assuntos doutrinários da igreja reuniu-se os apóstolos e anciãos (Atos 15.4,5,6). Não havia nenhum ofício de “pastor” (gr. poimên) entre eles, o termo pastor é um “DOM” (Efésio 4.8,11), do grego “doma”. Lemos nas Escrituras que o jovem Timóteo fora ordenado para o ofício de “presbítero, ancião”, tendo Paulo rogado a Timóteo que o dom espiritual não fosse desprezado:

Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério.” (1Timóteo 4.14).

Segundo o CACP, o presbitério (corpo de anciãos) não poderiam por profecia dar nenhum ‘dom de pastor’ a Timóteo com a imposição das mãos, sendo a profecia um "dom" ministerial (Ef 4.8,11), afinal, o suposto ofício ainda não tinha sido formado naquele tempo. Tratarei disto um pouco mais à frente.

noli neglegere gratiam quae in te est quae data est tibi per prophetiam cum inpositione manuum presbyterii”. (Bíblia Sacra Vulgata, 1Timóteo 4.14). Ênfase minha.

Como cristãos, sabemos que todo o dom perfeito vem do “alto” (Tiago 1.17), mas o suposto ‘ofício’ de pastor se origina de seminário (gratuito ou pago?) com direito a diploma. Segundo Gedeon Alencar – presbítero da Assembleia de Deus - a expressão corriqueira usada ainda hoje nos meios assembleianos é de que “seminários teológicos” são chamados de... “Fábrica de pastores”. (Alencar, Gedeon. Assembleias de Deus – Origem, Implantação e Militância (1911 – 1946), pág. 92, Arte Editorial – 2010, São Paulo – Brasil).

Usando de certa liberdade, posso dizer que em tal “fábrica” a etiqueta seja o diploma. O mais estranho argumento já visto, é que o CACP possui a ideologia de que no período apostólico, ‘a Igreja ainda estava no estágio de primeira infância’(?), tendo recebido dons DISFORMES (sem formação)! A contradição reinante é que todo ensino Bíblico da atualidade deve ser validado e pautado nos mesmos ensinos ministrados àquela igreja do “estágio de primeira infância”, o que passar disso, é acréscimo à Palavra de Deus. O CACP argumenta que quando Jesus subiu ao alto (Efésios 4.8) os DONS dados por Cristo à igreja no ‘estágio de primeira infância’(?) na verdade não foram dados, por não terem sidos formados, confira o argumento estereotipado do CACP:

É que enquanto a Igreja ainda estava no estágio de primeira infância – as congregações foram colocadas sob um corpo de anciãos até que os dons do ministério fossem formados.” (CACP). 

A heresia encoberta contraria o testemunho do Espírito de Cristo contido em Efésios 4.8, tal heresia incute que Jesus não deu ao “presbitério” (corpo de anciãos/bispos) os dons para apascentarem o rebanho! E isto – diz o CACP – a igreja estava aos cuidados dos anciãos (...) ‘até que os dons do ministério fossem formados’(???)! Que Heresia! E isto defendido por um instituto que se diz ‘apologético’. Incutem que o presbitério que deu posse a Timóteo não tinha dons ministeriais, não poderiam exercer os dons (Ef 4.8) de apascentar (pastor) profetizar (profeta) ensinar (mestre) e de serem mensageiros (apóstolos) do evangelho de Jesus Cristo! Alegam que não havia naquele tempo nenhum pastor humano, em razão de os dons não terem sido formados.

Depois dessa heresia, ainda vem nos acusar da faltarmos com o conhecimento da Palavra de Deus: ‘A CCB cai na condenação bíblica de errar por não conhecer a Escritura’(?). Assim, depois do disparate apresentado, o CACP se autoproclama conhecedora da Escritura.

Com a “imposição das mãos”, Timóteo recebeu autoridade de Deus para exercer o ofício junto aos demais do presbitério:

presbiterion, assembléia de anciãos, presbitério. Pode ser a tradução de um termo técnico hebraico que significava “a pressão dos anciãos,” que, em efeito, denotava “a imposição de mãos sobre alguém, com o objetivo de torná-lo um ancião ou rabino.” Num contexto cristão significaria “ordenação do presbítero” ou “ordenação formal ao ofício.” (Kelly). (Rienecker, Fritz; Rogers, Cleon. Chave Linguística do Novo Testamento Grego, 1ª Edição, pág.465. Vida Nova. São Paulo – Brasil).

Portanto, temos prova bíblica para “ordenação do presbítero” ou “ordenação formal ao ofício” de ancião. Este é o ofício vigente na Congregação Cristã no Brasil, a mesma não aceita em seu meio – biblicamente embasada – a invenção do ‘ofício’ de pastor, uma vez que a Escritura diz ser um “DOM” (Efésios 4.8,11) e não podemos confundir “dons” com “ofícios,” são coisas para lá de distintas. O ofício de presbítero foi constituído para apascentar, pastorear o rebanho mediante o “dom” recebido. De fato, os anciãos e/ou presbíteros eram e são os apascentadores do “rebanho” (igreja) descritos na Escritura (Atos 20.17,28). Em lugar algum do Novo Testamento se fala sobre um suposto ‘ofício’(?) de pastor, mesmo em Hebreus 13.7,17 o termo encontrado no Original Grego não é ‘pastor’ (gr.poimên), mas “líder” (Gr. hegéomai). Ora, os líderes da igreja primitiva eram os presbíteros:

PRESBÍTERO Líder da igreja. Os presbíteros se dedicavam à direção das igrejas, ao ensino da doutrina cristã e à pregação do evangelho. A palavra grega presbíteros quer dizer “ancião”, mas era usada para os líderes cristãos sem referência à sua idade (Atos 14.23; 20.17; 1Timóteo 4.14; 5.17, 19; Tito 1.5-6; Tiago 5.14). Nos tempos do Novo Testamento os presbíteros também eram chamados de bispos (ver BISPO).” (Bíblia Sagrada – Letra Grande, Nova Tradução na Linguagem de Hoje, pág. 1754, Sociedade Bíblica do Brasil, São Paulo – SP).

Volto a repetir, em lugar algum do Novo Testamento há apoio para o suposto ‘ofício’(?) de pastor existente no meio evangélico atual, não há nenhuma referência Bíblica a um suposto ‘ofício’ de pastor de “igreja,” a não ser o de Cristo, e isso em todo o Novo Testamento. A única passagem se refere a “DOM” (Efésios 4.8,11) e não OFÍCIO!

Falando de 1Timóteo 3.13, que fala dos cargos de bispos e diáconos, uma própria publicação da CPAD aponta os termos descritos em Efésio 4.11,16 como sendo DONS para aqueles que detêm o “ministério da palavra” (Atos 6.4), isto é os bispos ou anciãos:

Notemos que neste trecho o apóstolo não se ocupa com os dons para o ministério da palavra, detalhados em Efésios 4.11-16, cujo préstimo não é limitado a uma determinada localidade, mas encara a edificação de todo o corpo de Cristo.” (S. E. McNair. A Bíblia Explicada, 8ª Edição 1992, pág. 458. CPAD, Rio de Janeiro – Brasil).

Portanto, os descritos em Efésios 4.8,11 não são ofícios ministeriais, mas diz respeito a “DONS” que foram dados para o ministério da palavra.

Havendo algum doente, por não haver nenhum ‘ofício’ de pastor para ser chamado, eram chamados os que detinham o ofício divinamente constituído, o de presbíteros: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor” (...). (Tiago 5.14).
O apóstolo João se identificou por duas vezes como presbítero ou ancião (2João 1; 3João1), Pedro era um dos presbíteros, anciãos da igreja (1Pedro 5.1).

O vocábulo presbítero, ancião e bispo se referem à mesma pessoa do ancião (Atos 20.17,28), são termos sinônimos.

O CACP não tem apoio em nenhuma passagem do Novo Testamento para dar embasamento ao suposto ofício de pastor, em razão de esta ter afirmado em debate com um membro da CCB de que no período apostólico – segundo o CACP – “a Igreja ainda estava no estágio de primeira infância” e os dons ministeriais ainda não haviam sido formados. Sendo assim, eles se baseiam em argumentos extrabíblicos, sem nenhuma base Bíblica. A tal ‘formação’, ao que parece, iria vir com a criação de seminários, isto é, uma espécie de “fábrica de pastores”, sendo esta uma expressão utilizada ainda hoje por assembleianos.
Finalmente, o vocábulo português para ancião, em hebraico é “zaqen”, do grego “presbyteros”, do latim “epíscopos.” São designações para um mesmo ofício.

Para fechar este texto, toda igreja ou denominação possui o direito para criar o título ou nome que desejar aos seus líderes - ainda que sem apoio das Escrituras cristãs - tal como “padre, papa, pastor, reverendo, cardeal, etc., etc.

Deus vos abençoe.

Daniel Kauphan

18 comentários:

  1. Irmão Daniel;
    Achei excelente esta matéria (o ministério de ancião), já havia lido outras matérias sobre esse tópico, porém com pouca perceptibilidade.
    Tenho algumas perguntas a fazer, espero que o sublime irmão reflita e nos responda com limpidez impoluta como são artigos do seu blog.
    Duas perguntas são sobre abreviaturas textuais: CPAD? (Casa Publicadora Assembléia de Deus). CACP? (Centro Apologético Cristão de Pesquisas). As duas abreviaturas contidas na matéria acima confirmam estas interpretações?
    Gostaria também que irmão fizesse um relato sobre estas passagens bíblicas: Aos hebreus 13;
    7. Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.
    17. Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.

    Quero ressaltar que não estou discordando sobre a matéria muito bem fundamentada pelo dispendioso irmão.
    É que já me deparei com situações que me foram questionados sobre esses dois versículos bíblicos.
    Ainda tentei entender essa dicotomia interpretativa.
    E se substituísse “vossos pastores” pelos vossos “DONS”, mas, haveria incoerências de concordância verbal, ate que o versículo 7 me apresenta o entendimento inicial de concordância “que vos falaram a palavra de Deus”, mas conseguinte se perde a concordância, “dos quais imitais... maneira de viver.”

    Espero que o irmão nos ajude a dirimir essa celeuma traga pelos que nos combatem, fundamentadas nessas passagens bíblicas.

    Nota: é interessante, pois, pesquisei os versículos supracitados, na (bíblia apologética de estudo – tradução João Ferreira de Almeida – ICP (Instituto Cristão de Pesquisa). E não encontrei nada sobre o tema.

    Deus nos abençoe!

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  2. Sim irmão, as abreviaturas textuais CPAD e CACP são as mencionadas pela sua nobre pessoa. Meu querido irmão, em minha matéria já consta o relado dessses dois verso :Hebreus 13.7,17.

    É muito simples, no Texto Grego do Novo Testamento, em Hebreus 13.7 e verso 17 não consta o vocábulo "pastor", que seria "poimên", nos devidos versos o termo grego que se encontra é "hegéomai", cujo significado é "LÍDER".

    Portanto, o correto é "lembrai dos vossos líderes" e "obedecei aos vossos líderes".

    Há uma passagem no texto acima que diz:

    "Em lugar algum do Novo Testamento se fala sobre um suposto ‘ofício’(?) de pastor, mesmo em Hebreus 13.7,17 o termo encontrado no Original Grego não é ‘pastor’ (gr.poimên), mas “líder” (Gr. hegéomai). Ora, os líderes da igreja primitiva eram os presbíteros:

    “PRESBÍTERO Líder da igreja. Os presbíteros se dedicavam à direção das igrejas, ao ensino da doutrina cristã e à pregação do evangelho. A palavra grega presbíteros quer dizer “ancião”, mas era usada para os líderes cristãos sem referência à sua idade (Atos 14.23; 20.17; 1Timóteo 4.14; 5.17, 19; Tito 1.5-6; Tiago 5.14). Nos tempos do Novo Testamento os presbíteros também eram chamados de bispos (ver BISPO).” (Bíblia Sagrada – Letra Grande, Nova Tradução na Linguagem de Hoje, pág. 1754, Sociedade Bíblica do Brasil, São Paulo – SP).

    Volto a repetir, em lugar algum do Novo Testamento há apoio para o suposto ‘ofício’(?) de pastor existente no meio evangélico atual, não há nenhuma referência Bíblica a um suposto ‘ofício’ de pastor de “igreja,” a não ser o de Cristo, e isso em todo o Novo Testamento. A única passagem se refere a “DOM” (Efésios 4.8,11) e não OFÍCIO!"

    Creio que o irmão entendeu.

    Deus o abençoe.

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  3. Olá Romário

    Boa tarde

    Parabéns pelo estudo,muito bom.

    Poderia me tirar algumas dúvidas por gentileza?



    1)Em Efésios 4:11 diz que Jesus deu dons ministeriais a uns para apóstolos outros para profetas ,outros para evangelistas e outros para pastores e doutores.Por exemplo se a uns foi dados um dom e a outros outro dom então significa que Jesus repartiu os dons ministeriais em grupos de cristãos que tem um ministério, então um determinado número de anciãos,diáconos e cooperadores tem o dom de apascentar um outro grupo tem outro dom e isso significa que teriamos então anciões com dons de pastorear? Então não seriam anciãos pastores?Diáconos com dom de evangelizar,então não seriam diáconos evangelistas?Um diácono por exemplo que tem o dom de apostolado poderia em um determinado tempo,perder esse dom e receber um outro dom?Ou o dom é para vida toda?Se o dom é para a vida toda então um ancião que tem o dom de apostolado não teria que sempre ser chamado pelo título de ancião-apóstolo?


    2)Uma outra dúvida por exemplo um ancião não pode apascentar e ao mesmo tempo evangelizar e ensinar?Como isso seria possível se esse ancião recebeu apenas um dom?



    3)Como seria o dom de apostolado?Dom de apóstolo não signifca ser enviado para evangelizar?qual seria então a diferença do dom de apostolado para o dom de evangelizar?


    Um abraço e felicidades

    Luiz

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    1. A Santa Paz de Deus
      Irmão Luiz, Deus o abençoe pela sua visita e postagem neste blog. Quanto as perguntas, vejamos:

      1 - Os dons dados aos homens (Efésio 4.8) se refere à igreja. Dentro da igreja há dons variados entre "uns" e "outros", tudo isso cumprindo as necessidades da mesma igreja. Um cooperador pode possuir o DOM de "profeta", na mesma igreja o diácono pode possuir outro DOM, o de evangelista, o ancião pode ter outro DOM descrito na devida passagem. Tudo isto para edificação do corpo, da igreja. Tem mais, embora algum servo de Deus - na devida igreja - não possa exercer algum OFÍCIO ministerial, o mesmo pode possuir pelo Espírito de Cristo algum dos DONS descritos em Efésio 4.8,11. O Senhor distribui os DONS na igreja conforme a Sua própria vontade. É "da" e "na" igreja que o Senhor irá chamar os seus servos para exercer o devido ofício. Não podemos confundir DONS com OFÍCIOS, irmão, são coisas distintas. Ninguém é ordenado para PROFETA na igreja, ninguém é ordenado para APÓSTOLO, ou EVANGELISTA, ou MESTRE na igreja. Aliás, seria uma tremenda incoerência ORDENAR os DONS de Deus. Não podemos chamar um servo de Deus de meu MESTRE pelo fato de ele possuir esse dom. Mestre nós só temos um: Jesus Cristo! Todos somos alunos e aprendemos do único Mestre, o nosso Salvador! Também, o OFÍCIO apostólico teve fim com a morte do último deles, o que vigora em nosso meio é o DOM apostólico, cujo significado do termo "apóstolo" é... MENSAGEIRO!

      A igreja foi incumbida pelo Senhor de ser a mensageira da sua Palavra ao mundo, anunciar o evangelho.

      2 - Ora, para Deus tudo é possível. Ninguém pode dizer quantos dons certo servo de Deus possui, isto só Deus pode dizer, afinal, Ele é o doador de tais dádivas. O termo "apascentar" significa muito mais do que imagina, significa "alimentar" o rebanho com a Palavra de Deus, significa "zelar" pelo bem estar das ovelhas com a "ensino", significa "proteger" as ovelhas contra os ataques do Inimigo e seu astuto falar.

      3 - Como disse anteriormente, o vocábulo apóstolo significa MENSAGEIRO. O dom de apóstolo é o de ser mensageiro da Palavra de Deus, dentro deste conceito, há vários outros. O mensageiro (apóstolo) pode possuir o DOM de profeta e profetizar por meio da mensagem transmitida, etc.

      Quanto a pergunta da "diferença", pense o seguinte:

      Paulo além de possuir o Ofício apostólico, possuía o DOM de "Evangelista", possuia o DOM de profeta, pois profetizou que do meio de nós se levantariam homens perversos, lobos cruéis; profetizou que nos últimos dias muitos se apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios. Não pára por aí, Paulo possuia o DOM de "mestre", o de "pastor" das igrejas, um exemplo disto são suas cartas pastorais. Ora, irmão, não podemos restringir ou limitar o poder de Deus em nossas vidas pelo nosso próprio entendimento. Deus reveste qualquer um de seus servos de várias qualidades para cumprir Seus propósitos e isto, está na dedicação espiritual de cada um de nós pela sua obra. Quem pede, recebe, quem busca, encontra.

      Deus o abençoe.

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  4. Olá Romário

    Tudo bom

    De fato, o título de pastor para homens não é encontrado no Novo Testamento.
    Um argumento usado pelo que entendem que pastor é título é que se existiam dom de apostolado e tinham o título de apóstolo logo pelo fato de existir o dom de pastor então teríamos que ter o título de pastor.Só que os discípulos não eram considerados apóstolos porque tinham o dom de apostolado mas sendo apóstolos tinham o dom,ou seja o dom não gera o título.Então não é o fato de ter um dom para receber um título mas tendo um título o cristão recebia o dom.Um exemplo é que Jesus em Lucas 6:13 deu o título para os apóstolos e em João 21:16 Jesus dá o dom de apascentar(dom ministerial de pastor)para o apóstolo Pedro.

    Só tenho uma dúvida, como explicar Jeremias 23:4?

    Um outro argumento usado é a pergunta:Quem apascenta é o que?
    A resposta é pastor,mas no contexto bíblico é um cristão com um título com o dom de pastor,pois quem dá o dom é Jesus o Pastor logo como o dom vem do Supremo Pastor então é o dom de pastor.Em Efésios 4:11 usa exatamente a palavra pastor justamente para fazer a ligação com Efésios 4:7 em que aparece a palavra dom.Quem apascenta não é o pastor como título mas pastor como dom.Então concluímos que quem apascenta é o cristão que tem um dom(Efésios 4:7)de pastor(Efésios 4:11).

    Um abraço e felicidades

    Luiz

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    1. Prezado Luiz,

      Seus argumentos já apontam uma flagrante contradição a partir do início. Veja suas afirmações:

      1 - "De fato, o título de pastor para homens não é encontrado no Novo Testamento."

      2 - "Um argumento usado pelo que entendem que pastor é título é que se existiam dom de apostolado e tinham o título de apóstolo logo pelo fato de existir o dom de pastor então teríamos que ter o título de pastor."

      A contradição reinante nessas suas duas afirmações, é comprovado pelo seguinte fato:

      Você mesmo reconhece no item inicial que o "ofício/título" de 'pastor'(?) - para homens - NÃO É ENCONTRADO NO NOVO TESTAMENTO. Sendo assim, todo o seu dispendioso argumento posterior não possui solidez cristã, nos escritos do Novo Testamento. Ainda que venha a citar alguma referência apostólica, é usada indevidamente, por tal conceito NÃO SER ENCONTRADO nos escritos neotestamentárias.

      Meu querido, esta é a razão de muitos erros existentes no meio evangélico, querer fazer aplicação de conceitos do Antigo Concerto, no Novo.
      Portanto, sem delongas, é improcedente tentar provar algo que a sua nobre e ilustre pessoa reconhece, dizendo: "TÍTULO DE PASTOR (...) NÃO É ENCONTRADO NO NOVO TESTAMENTO.

      Sendo assim, argumentar o contrário é dar "tiros de festim", afinal, palavras de vento não transporta nenhuma solidez.

      Se o irmão insistir no assunto, veja bem onde irá procurar fundamento antes de escrever algo, repita suas próprias palavras:

      "O título de pastor para homens não é encontrado no Novo Testamento."

      Deus o abençoe

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    2. A conclusão para meus argumentos, é reconhecido pela sua nobre e ilustre pessoa como "FATO"!

      "DE FATO, o título de pastor para homens não encontrado no Novo Testamento." (A ênfase é minha).

      Contra "FATO", não há argumentos.

      Deus o abençoe.

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    3. Meu querido irmão Luiz,

      Sobre a questão levantada em Jeremias 23.4, a explicação está no próprio contexto. Aliás, diz certo ditado que texto sem contexto é pretexto, a devida passagem não se refere a pastores de igrejas evangélicas, gentias.

      A profecia não foi direcionada para os gentios, mas para a nação de Israel que vivia sob a Lei. Os reis de Israel e Judá, os sacerdotes e profetas eram comparados a “pastores”. Muitos deles eram infiéis (23.1,2) e faziam desviar o povo da Lei do Senhor. Portanto, Deus iria suscitar ao povo de Israel reis, profetas e sacerdotes (pastores) que iriam guiar seu povo (Jeremias 23.4), apascentando-o sem temer os inimigos em redor, as nações gentias.

      Esses pastores exerceriam sua função até a chegada do Messias, pois o Reino dEle é eterno não tendo sucessor em seu trono, seu Sacerdócio seria também eterno, sendo Ele o grande Profeta que Moisés anunciou que viria (Deuteronômio 18.15).

      Posteriormente, em Ezequiel, há a promessa do próprio Senhor, que Ele mesmo iria vir – como pastor - entre seu povo (Ezequiel 34.11,12) e que o descendente de Daví iria surgir entre os homens havendo UM SÓ PASTOR sobre seu povo (Ezequiel 34.23,24).

      De fato, somente Jesus é chamado de “bom pastor” (João 10.11), “Grande/Sumo Pastor” (Hebreus 13.20), somente Ele pode cumprir todas as prerrogativas de ser ao mesmo tempo o “Rei dos reis” (Apocalipse 19.16), “Sacerdote eternamente” (Hebreus 9.11) e “Profeta” (Deuteronômio 18.15; João 6.14). Assim, não possuímos outro que possua o ofício de “Rei, Sacerdote ou Profeta” (pastor) sobre nós, com estes títulos somente Jesus é o nosso bom Pastor.

      Vindo Jesus, ninguém poderá substituí-lo no trono do Seu Reino tanto como Sacerdote ou Profeta! Nesse sentido é que os homens eram como pastores sobre Israel; com o aparecimento do Messias entre os homens, Jesus recebeu do Pai todas as prerrogativas para exercer todos os ofícios de autoridade para ser o Pastor do Israel de Deus, formado por judeus e gentios, a IGREJA.

      Deus o abençoe.

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  5. Irmão Daniel;
    Deus te abençoe!
    Ainda que a doutrina que seguimos é não midiática, mas, acho imprescindível esse trabalho de esclarecimento de alguns temas que geram polêmica.
    Peço desculpa ao sublime irmão, pois houve um lapso da minha parte e não havia observado, a fundamentação do relato , é que estava tão apreensivo em degustar o achaque supracitado que me ocorreu o lapso (13:7,17 aos Hebreus).
    Mas reforçou meu entendimento sobre o aventado assunto, agradeço ao irmão pelo esforço de me esclarecer ainda mais o que já havia sido esclarecido, rs...
    Deus nos abençoe!

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    1. Amém, meu querido. Não há nada que eu tenha de lhe desculpar, as vezes realmente alguma coisa pode fugir do campo de nossa observação, isso é normal.

      Deus o abençoe.

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  7. A paz de Deus amado irmão?
    Desde já, lhe felicito em Cristo pelo seu blog, suas examinações tem avivado ainda mais os meus conceitos, mi ajudado em meus argumentos, que Deus lhe abençoe...
    Tenho uma pergunta ao amado irmão, sobre o Ministério de Cooperador, em algumas cartas escristas por apostolo Paulo, ele denomina seus companheiros como cooperadores do evangelho. Essa é uma pergunta que não cala, e tenho notado um certo embaraço na explicação de alguns quanto a esse cargo. Mais amado irmão, tem respaldo biblico para o ministerio de cooperador?

    Aguardo uma resposta saudosa do amado irmão, desde ja perdão pelo incomodo, mais ciente que posso esta removendo uma pedrinha da minha cabeça e ajudando a outros tambem a remover as suas...

    Que Deus seja louvado...

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  8. Por favor amado, si não achar util postar em seu blog minha resposta, mi envie para esse endereço: ed_junior27@hotmail.com, fique na Paz de Deus viu?...mi chamo Edinoel, mais sou conhecido como irmão Noel, abraço...

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    1. Amém, meu querido!
      Perdoa-me por não liberar sua pergunta o mais breve possível, é que nem sempre estou com tempo disponível para acessar meu blog. Esclarecido essa parte, vou elaborar um pequeno texto que venha a satisfazer a devida pergunta levantada pelo amado.

      Minha alegria é compartilhar conhecimento com todos vocês e vice-versa. Peço que aguarde, logo postarei.

      Deus o abençoe.

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  9. Amem amado, fico aguardando em comunhão. Que Deus ilumine nossos caminhos, pois com essa forte luz nunca nos perderemos...

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  10. A Paz de Deus!

    Irmão...
    Sei que vou fugir do foco em questão....mas gostaria e muito que o irmão desse uma opinião sua quanto ao Sábado e os 10 Mandamentos.

    É que tenho um primo que está estudando com adventistas, e a tecla que ele insiste comigo e sobre Sábado e os 10 Mand.

    -Expliquei que não somos judeus...
    -Que não estamos no primeiro pacto...
    -Que quem será julgado nos 10 Mandamentos é Israel do velho testamento...

    Novamente, perdoe por não entrar aqui na questão do blog...
    Se o irmão puder fazer a gentileza de disponibilizar algum tempo, poderia quando assim o quiser responder no imail:... ansadriano@hotmail.com

    Deus o abençoe!

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    1. Amém. Eu estava mesmo à procura de um novo tema de estudo para meu blog. Semana passada eu estava pensando sobre esse assunto. Este mês, vou postar algo a respeito.

      Deus o abençoe.

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    2. Pronto, irmão ansadriano, minha mais nova matéria foi elaborada e já se encontra em meu blog. Espero que lhe sirva, cumprindo sua espectativa, assim de todos os que a examinarem. Sei que muitos sabatistas não vão concordar, mas... Fazer o quê, né?

      Deus o abençoe.

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