É sabido que
a Igreja primitiva se reunia nas sinagogas para cultuar ao Senhor (Tiago 2.2) e
discípulos do Senhor subiam ao Templo para oração (Atos 3.1). O culto Cristão dos primeiros séculos
era similar ao culto judaico, pois inicialmente a igreja era formada somente de
judeus, depois começou o Senhor a chamar as “outras ovelhas” (João 10.16) os
“gentios” (Atos 11.18). Assim, os apóstolos do Senhor eram todos judeus e estes
tinham pleno conhecimento da recomendação divina que os proibiam de o culto se assemelhar ao culto pagão. No Antigo Concerto havia povos que adoravam plantas ou árvores, em razão disto o Senhor proibiu Seu povo para não seguir os costumes dos povos que não conheciam o Deus verdadeiro.
Uma destas
distinções era de não haver enfeite ou embelezamento de plantas no Santuário ou junto ao Altar (Deuteronômio 16.21), ainda que para adorno; Deus proibiu os judeus
advertindo-os de que tal prática o aborrecia:
“Por esta proibição somos proibidos de plantar árvores no
Santuário ou junto ao Altar com a finalidade de adorno ou embelezamento, mesmo
que seja em adoração ao Eterno, porque era costume dos idólatras plantar
árvores bonitas e simétricas em honra aos ídolos, em suas casas de adoração.
Suas palavras, enaltecido seja Ele, são: “Não plantarás para ti, nenhuma
‘ashera’ nem árvore junto ao altar do Eterno, teu Deus” (Deuteronômio 16.21). A
transgressão desta proibição é punida com o açoitamento. As normas deste
preceito estão explicadas na Guemará de Tamid, onde foi deixado claro que é
proibido todo tipo de planta no Santuário.” (Maimônides – Os 613
Mandamentos (Tariag Ha-Mitzvoth), Moshé Ben Maimom, 2ª Edição - 1990, pág. 201,
Nova Stella Editorial, São Paulo, SP, Brasil).
Portanto, todo tipo de planta era proibido no Santuário do Senhor, e que tal prática também não era costume entre os primitivos cristãos o de enfeitar o lugar de
adoração com plantas, o costume judaico foi introduzido pelos
apóstolos (sendo eles judeus) na Igreja, caso contrário, na Escritura conteria algum protesto judaico cristão;
os judeus neófitos ficariam transtornados e teriam apelado às lideranças dos
primeiros séculos; diz T. W. Manson:
“Os primeiros discípulos a priori é que trariam para a nova comunidade pelo menos alguns dos usos religiosos aos quais
tinham sido acostumados.” O pano de fundo da adoração cristã primitiva deve ser
procurado nestas duas instituições judaicas do Templo e da sinagoga.”
(P. Martin, Ralph. Adoração na Igreja Primitiva, págs 24,25, 1ª Edição,
Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, SP, Brasil). – O negrito é
meu.
Como se pode
ver, os cristãos primitivos herdaram apenas alguns usos religiosos. A não ornamentação com plantas no lugar de
adoração faz parte desses “alguns” usos do Templo e da sinagoga, obviamente excetua-se a questão do “açoitamento” para quem intentasse levar
plantas ao lugar de adoração, uma vez que não era prática cristã. A igreja
Congregação Cristã no Brasil conserva o mesmo modelo do culto primitivo, não
adornar o altar com plantas ou flores, homens e mulheres se assentam “separadamente”, as mulheres usam o “véu” no momento litúrgico, adotam a
prática do “ósculo Santo’’ e a
liderança é composta por “anciãos”,
tal qual nos primeiros séculos do cristianismo; sem contar outras práticas
descritas nas Escrituras.
Devemos nos lembrar que a ICAR em seus primórdios começou a enfeitar os templos religiosos com imagens, mas posteriormente o que era somente para enfeite ou adorno passou à "veneração". Sendo as imagens, de igual modo, proibido pelas Escrituras.
Devemos nos lembrar que a ICAR em seus primórdios começou a enfeitar os templos religiosos com imagens, mas posteriormente o que era somente para enfeite ou adorno passou à "veneração". Sendo as imagens, de igual modo, proibido pelas Escrituras.
O objetivo
deste artigo é explicar que não adotamos certos costumes de algumas correntes
evangélicas, como o de enfeitar o
interior das casas de adoração com plantas
e flores, uma vez que procuramos de todo os meios nos aproximar e não
distanciar do padrão herdado e estabelecido em todas as igrejas primitivas. Não
estou questionando as práticas de alguns seguimentos religiosos, mas explicando
a ausência de uma prática que não adotamos. Cada igreja ou denominação possui
um regimento interno diferenciada de outra e que deve ser respeitada pelos seus
membros, desde que tais regimentos não contrariem a Palavra de Deus, enaltecido
seja Ele.
Deus vos
abençoe.
Romário N.
Cardoso
TÓPICO DE 1966 - VASOS DE FLORES E FOLHAGENS NOS PÚLPITOS
ResponderExcluirNão convém colocar vasos de flores e folhagens nos púlpitos ou em outras dependências das congregação. Este é um costume que não aprendemos desde o princípio e devemos eliminar; é uma vaidade e não fica bem. O templo do Espírito Santo é o nosso coração. O importante não é o prédio mas nossos corações. Deus não ama o enfeie e o luxo mas a simplicidade. O povo de Deus deve ser atraído não pelos enfeites e adornos na casa de oração mas, pela presença de Deus. Cristo é o nosso modelo de simplicidade e pela Sua Palavra nos ensina a modéstia.
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TÓPICO DE 1969 - VASOS COM FLORES E FOLHAGENS DENTRO DAS CONGREGAÇÕES
Não temos por costume enfeitar com vasos de flores e folhagens o interior de nossas Congregações. Isso é um princípio de idolatria; quem enfeita a Congregação é a presença de Deus. E por essa bendita presença devemos ser atraídos. Se não tomarmos toda atenção cairemos no erro da idolatria, desviando-nos do nosso caminho que é para o céu. Temos que permanecer nos fundamentos que aprendemos desde o princípio.
Deus o abençoe pela postagem, irmão Fagner Fortunato, a mesma veio em boa hora.
ExcluirPelo que eu percebo, a única "PLANTA", que vai permanece nesta graça foi aquela que o Pai celestial Plantou.
ResponderExcluirDeus vos Abençoe.
S.Mateus- 15:13- Toda a PLANTA, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.
Verdade, irmão. O que Deus plantou as portas do inferno não prevalecerá contra ela. Deus o abençoe.
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