domingo, 9 de junho de 2013

ENSINO DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ SOBRE POLÍTICA


Não é admitido partido político de espécie alguma na Congregação Cristã. Embora sejamos livres para votar em quem quisermos, há um importante ensinamento a todos os fiéis, ensinamento este que devemos estar atentos pelos fatos que acontecem ao nosso redor. Que não sejamos como os que “dormem”, votando em partidos e políticos que negam a Deus e Sua moral transmitida pela Sagrada Escritura; e esta ensinada e vivida pelos apóstolos e pelos cristãos de todos os séculos. Há políticos que negam a Deus e Sua Palavra; assim, aqueles veem nEla uma barreira para seus propósitos procurando – por todos os meios - desacreditar seu Sagrado conteúdo.
 
Assim, amados, no que diz respeito à POLÍTICA, o ensinamento da Congregação Cristã aos fiéis, alerta-nos:

Nas Congregações não são admissíveis partidos de espécie alguma; cada um é livre, cumprindo o seu dever de votar, que é uma determinação da lei. Todavia nós, remidos pelo Sangue do Concerto Eterno, nunca devemos votar em partido que negue a existência de Deus e a sua moral. Quem ocupar cargos no ministério não deve aceitar encargos políticos. Não se deve permitir que candidatos a cargos políticos venham fazer propaganda ou visitar as Casas de Oração com esta finalidade.” (Congregação Cristã no Brasil, Reuniões e Ensinamentos realizadas em Março de 1948, pág. 21, 1ª Edição Unificada – 2ª Tiragem – 300.000 – Julho/2002. Ind. Gráfica e Editora Augusto Ltda. São Paulo, SP, Brasil). – O grifo e negrito é meu.

Portanto, em conformidade ao ensino supra, nunca* devemos votar em político ou partido que se posicionam contra a Palavra de Deus negando* e/ou contrariando Sua natureza moral, Sua fidelidade ou autenticidade! O povo de Deus deve zelar pelos bons costumes gerados pela boa doutrina.

Todo argumento, filosofia ou ideia que contrariarem os bons costumes cristãos não passam de “más conversações”, estas devem ser rejeitadas:

Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.” (1Cor 15.33 - ACF).

O ensino supramencionado bem que poderia constar na lista de ensinamentos de 2014 para alerta do povo de Deus; vivemos tempos difíceis e “não podemos nos conformar com o mundo” (Romanos 12.2). Uma das maneiras de manifestar nossa reprovação é votando contra ideias que contrapõe os princípios cristãos. Que cada um exerça seu direito perante a lei como também o dever cristão – como soldado de Cristo - de lutar contra tudo o que se levanta contra Deus, contra Sua Palavra e Seu Reino.

Em Lucas 23.50, a Bíblia "ARC" (Almeida Revista e Corrigida) traz o vocábulo "senador" (?), tradução que não satisfaz segundo o Original Grego, pois o termo encontrado é "bouleutês", cujo significado grego corresponde a "conselheiro, membro do sinédrio, sinedrita".

Assim, José de Arimatéia era um dos juízes pertencente ao Sinédrio judaico, e não um partidarista político nos moldes de hoje, portanto, a tradução para "senador" é equivocada.

Esta é a tradução correta para o verso, presente na Bíblia ARA (Lucas 23.50):

"E eis que certo homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo" (...).

Ainda que os homens mudem em sua vã maneira de pensar e “o Caluniador” do povo de Deus se transfigure de várias maneiras; o que habita no crente jamais se transformará, permanece O Mesmo (Hebreus 13.8), Eterno e Fiel!

Portanto, sejamos sóbrios.

Deus vos abençoe.
Romário N. Cardoso

Vocabulário:

*Nunca. Em tempo algum; jamais.
*Negar. Não admitir a existência de; contestar.

Minidicionário de Português – Produzido por Ciranda cultural, Editora e distribuidora Ltda.



14 comentários:

  1. A paz de Deus. Caro irmão, a coragem para dizer NÃO à idéias que contradiz o caráter puro da palavra de Deus é tida por muitos como preconceito, desatualização e coisas afins.Poucos são os homens que apreciam a santidade e sabedoria que vem do Alto para dar autoridade sobre esses espíritos vagabundos que querem com suaves palavras enganar a massa. Concordo contigo quando comentas no quarto parágrafo acima o ensinamento da Congregação Cristã. No mais, a palavra de Deus é simples (não complicada) e pura. Ela simplesmente É. As vezes lembro do paragrafo 38 da segunda mensagem publicado num opúsculo aqui no Brasil pela Ccb que diz assim: "Sede limpos, sede livres, sede vazios para que Eu vos encha." Sou grato ao Senhor nosso Deus por encontrar homens valentes que não temem as ameaças humanas.
    Caro irmão, sou de Pernambuco, saúda a tua casa com a paz de Deus. Deus te abençoe em Cristo.

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    1. Amém! Deus o abençoe pelo comentário.

      Em Cristo Jesus...

      Romário

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  3. Tem alguns para se justificarem para adentra na politica, diz que Jose de Arimateia era Senador, homem de bem justo: S.Mateus 27:57-
    E, vinda já a tarde , chegou um homem rico de Arimatéia , por nome José, q também era discípulo de Jesus.

    S.Lucas 23:50- Eis que um varão por nome José, SENADOR, homem de bem e justo.

    OBS: se o prezado irmão querer dar uma explicação sobre esses versículos para esclarecer as duvidas de alguns ficarei grato . Deus q te abençoe.

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    1. Amém.

      Um irmão nosso (que é cooperador) me sugeriu a entrar nestas questões em meu texto; mas, eu apenas me limitei em comentar o nosso tópico não me adentrando em demais detalhes. Vou estudar a questão e então acrescentar algo mais na devida matéria.

      Deus o abençoe.

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  4. Prezado irmão Welbe Sousa da Silva, a explicação requerida pelo irmão referente a Lucas 23.50, é a seguinte:

    Em Lucas 23.50, a Bíblia "ARC" (Almeida Revista e Corrigida) traz o vocábulo "senador" (?), tradução que não satisfaz segundo o Original Grego, pois o termo encontrado é "bouleutês", cujo significado grego corresponde a "conselheiro, membro do sinédrio, sinedrita".

    Assim, José de Arimatéia era um dos juízes pertencente ao Sinédrio judaico, e não um partidarista político nos moldes de hoje, portanto, a tradução para "senador" é equivocada.

    Esta é a tradução correta para o verso, presente na Bíblia ARA (Lucas 23.50):

    "E eis que certo homem, chamado José, membro do Sinédrio, homem bom e justo" (...).

    Quanto a Mateus 27.57, no Original não consta nada sobre ser ele um suposto 'senador' (?), mas apenas consta o termo homem "rico" (gr. ploúsios), nada mais que isto.

    Espero ter ajudado.

    Deus o abençoe.

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  5. Já estou grato. Deus que te abençoe.
    No meu pouco entendimento, parece que alguns queria q Jesus Cristo, fosse eleito Rei, isso é reina-se sobre eles, como nos tempos de hj querem politicos evangelicos do poder; mais nossa patria está nos céus; segue versiculo:-

    Atos Dos Apóstolos.cap 01:6 e 7- Aqueles pois que se haviam reunido perguntaram-lhe , dizendo.Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?

    7- E disse-lhes. Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder.


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  6. Romário, APDD.

    Devo confessar que encontrar seu blog foi uma grata surpresa. Sou apaixonado pela leitura bíblica e sempre entro em "discussões" com alguns que também se interessam pelo assunto.

    O que mais me impressiona, e sou grato a Deus por isso, é que, assim como eu, sua leitura é imparcial, embasada e lúcida, sem confetes e acréscimos desnecessários. Outra coisa que me chama a atenção é que você procura entender o contexto histórico da narração.

    Creio que a grande dificuldade na interpretação dos textos bíblicos está em entender o que é relato, o que é parábola (ou novela), o que é ensinamento e o que profecia. Entendo que tudo provém de Deus, e que em tudo há proveito para nossas almas, mas entender o contexto da narrativa é crucial.

    Me lembro de uma vez discutir com uma pessoa a cerca da discriminação de gênero supostamente causada por Paulo ao não permitir que a mulher se pronunciasse nos ajuntamentos cristãos.

    Busquei ajuda num livro da história da evolução religiosa e mostrei para a pessoa que aquilo não era um retrocesso, e sim um avanço gigante, que só a liberdade cristã pode trazer! Que a mulher que até então adora do lado de fora, em pátio separado, às margens dos rolos da lei e do culto de adoração, agora eram parte ativa do culto, entrando nos ajuntamentos, assentando-se com seus esposos e ouvindo a pregação pelo Espírito Divino. Não era menosprezo de Paulo, era uma forma de dizer: Um passo por vez.

    Acho estranho as pessoas julgarem que há discriminação de gênero por não termos mulheres na presidência dos cultos por exemplo. Há uma visão politizada do ministério que realmente me assusta. Em que aquele que realiza o batismo se difere daquela que aconselha uma moça, que dá banho em uma enferma? Buscamos sempre lugares de destaque, queremos "o alto" na terra e nos esquecemos que as mulheres, assim como bem frisado por Paulo e pelos demais, sempre tiveram um papel importantíssimo no desenvolvimento da Obra.

    Enfim, acabei destoando aqui, mas em suma só queria lhe agradecer por dividir o conhecimento e a sabedoria que o Senhor te deu conosco.

    Que Deus te abençoe sempre, e que abra cada vez mais seu entendimento.

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    1. Amém!

      Como deve ter percebido, o propósito deste blog é examinar argumentos e compartilhar conhecimento. Sinta-se à vontade.

      Deus o abençoe.

      Romário

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Apenas uma observação minha, irmão Yuri:

      A salvação está em Cristo. Cremos que estamos nEle e Ele em nós, nessa direção posso afirmar que Ele está conosco na CCB assim como em TODO aquele que deposita sua fé nEle e O obedece.

      Destarte, o Salvador e Sua salvação está em todo ambiente em que há manifestação do Espírito Santo, tanto na CCB quanto em outro lugar que faça parte do Corpo de Cristo. Escrevi estas poucas linhas porque algum incauto poderia torcer o seguinte ponto dito pelo irmão de que "a salvação não está na CCB" - examinando ao pé da letra - algum incauto pode pensar que todos estamos SEM SALVAÇÃO por ela não estar - supostamente - entre nós.

      Mas eu entendi o que a sua nobre pessoa quis dizer, de que a salvação não é direito exclusivo da CCB. Concordo contigo em número e grau, creio que grande parte instruída do povo de Deus é sabedor disso.

      Voltemos ao devido tópico para não fugirmos do tema supramencionado.

      Deus o abençoe.

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  8. Caro Daniel:

    Apesar de ser muito comum entre os evangélicos mais tradicionais, inclusive entre alguns redutos assembleianos, de que política não é coisa de crente, isso não tem nenhum respaldo bíblico, muito menos histórico. Muito pelo contrário, no AT a Política (veja, estou me referindo a arte de governar e não à politicagem) sempre esteve presente no meio do povo de Deus. Lembre-se de que Israel era uma TEOCRACIA. Tamanha era a harmonia entre política e religião que as leis religiosas eram as leis que predominavam no Estado.

    O Cristianismo, nos seus primórdios, não se envolvia com questões políticas, mas por uma questão muito óbvia: era uma religião ilegal tanto para os judeus como para os romanos. Como uma organização cuja existência nem mesmo era admitida, como era a Igreja, que se viu obrigada a atuar de forma clandestina, poderia outras imediatamente menos relevantes, como questões de política e de Estado? Como a Igreja poderia se envolver nesses questões, pois se nem mesmo as construção dos seus templos era permitida e ser cristão ser considerado um crime? Vale lembrar que nos três primeiros séculos, os cristãos eram duramente perseguidos e martirizados, as celebrações religiosas eram proibidas e eles cultuavam a Deus escondido.

    Depois que o Império romano foi cristianizado e, consequentemente, com o fim da perseguição ao Cristianismo, a Igreja começou a influenciar a política, assim como a religião judaica influenciava o Estado Judeu. As opiniões do líderes da igreja (patriarcas, bispos) passaram a ter peso na condução dos rumos da sociedade. A Igreja passou a ter grande influencia legislativa, ditando as normas de conduta social. Não é sem razão que se diz que o Ocidente é de matriz cultural judaico-cristã, pois o Cristianismo, que é de origem judaica, universalizou o monoteísmo, que antes estava praticamente adstrito aos judeus, e influenciou o mundo ocidental em diversos aspectos, inclusive quanto à política. Esta situação, ou seja, a união de Estado e Igreja, perdurou por mais de 1.500, até o começo do séc. XVI, depois da Reforma Protestante, quando, na Inglaterra, alguns protestantes (os batistas), começaram pela primeira vez a pregar a separação entre Igreja e Estado.

    Depois dos batistas, foram os iluministas do séc. XVIII, em sua maioria anti-religiosos, que compraram a ideia de Estado laico, que culminou com a Revolução Francesa, que conseguiu separar definitivamente a religião da política no mundo ocidental.

    Vale salientar que nenhum dos Reformadores, seja Lutero ou Calvino, se posicionaram contra a união da Igreja com o Estado. Muito pelo contrário, tanto a Igreja Luterana como a Reformada (Calvinista) eram IGREJAS ESTATAIS. Só para ter uma ideia Calvino organizou uma TEOCRACIA na cidade de Genebra, onde implantou leis morais extremamente rígidas, como por exemplo a pena de morte para adúlteros.

    Quanto ao Sinédrio (uma espécie de Supremo Tribunal Federal dos judeus), caro Daniel, era um tribunal religioso que decidia sobre todos os aspectos da vida em sociedade dos israelitas e assim de certa forma não deixava de ter elementos políticos, pois tomava decisões importantes afetavam os judeus enquanto nação.

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    1. Prezado Fran cisco,

      Inicialmente peço desculpas pela demora em responder ao seu argumento, mas é que estive ausente por força maior - "chorando com os que choram".

      Voltando às suas citações e sem delongas, meu texto é claro ao afirmar que o sistema político em Israel difere do de hoje. O daquele era monárquico o nosso é democrático, aliás, "se a própria Bíblia reprova quando se demonstra tendência para esta ou aquela pessoa, mesmo se tratando de SERVOS DE DEUS como Paulo, Apolo ou Céfas (1Cor 1.12,13), que se diria caso uma epístola fosse escrita nos dias de hoje, com o posicionamento oficial da igreja como sendo esta partidária de pessoas A, B e C ? - Não é exatamente isso que acontece nos dias de hoje?"

      Um exemplo:

      "Eleição divide as igrejas evangélicas do país." (http://www.overbo.com.br/eleicao-divide-as-igrejas-evangelicas-do-pais/).

      E mais, Dilma Roussef sobe em púlpito de igreja para pedir voto:

      "Depois que deixaram ela pregar no púlpito da Assembléia de Deus dizendo que Lula “defende os valores cristãos no Brasil”, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, já foi à Bahia tomar um “banho de axé” com pais-de-santo e neste domingo aproveitou a procissão do Círio de Nazaré, que reuniu dois milhões de pessoas, em Belém (PA), para fazer propaganda do governo Lula." (http://noticias.gospelmais.com.br/apos-visitar-igreja-evangelica-dilma-rousseff-tomou-banho-de-axe-e-participou-do-cirio-de-nazare.html).

      Querido, a Congregação se posiciona de forma correta, em seu ensinamento sobre "política"; aliás, tal termo parece ser "alma gêmea" da politicagem, onde a igreja é vista nada mais que um "curral" de eleitores. O evangelho é prejudicado quando pastores políticos são envolvidos na corrupção: http://folhagospel.com/modules/news/article.php?storyid=354

      Deus coloca seus servos para pastorear a igreja, e não para usar do rebanho para se promover à cargos políticos. Isso mais prejudica o evangelho do que beneficia. Veja mais uma matéria sobre "sanguessugas evangélicas": http://www.isaltino.com.br/2006/08/sanguessugas-evangelicas/

      Minha maneira de pensar é que o político cuida da política e o servo de Deus cuida das coisas de Deus que divergem das coisas de baixo, o reino de Deus é oposto ao reino dos homens.

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