Não serão postados comentários que não estejam dentro do tema de cada tópico. "Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão." (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Art. 19º). Não será aceito termo insultuoso que fira a honra de quem quer que seja.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
NESTE LIVRO, O AUTOR DEMONSTRA O SIGNIFICADO BÍBLICO QUANDO SE PRATICA TAL ENSINO, ALÉM DE REFUTAR AS MAIS VARIADAS ERÍSTICAS SOBRE O TEMA. TAL EXEGESE É APLICADA CONTEXTUALMENTE, ISTO É, VERSÍCULO POR VERSÍCULO; AJUDANDO O LEITOR NÃO SÓ A COMPREENDER O SENTIDO ESPIRITUAL TRANSMITIDO, MAS TAMBÉM O CONHECIMENTO DAS PALAVRAS ORIGINAIS E SUA DEVIDA APLICAÇÃO DENTRO DO CONTEXTO.
AS CIDADES DE REFÚGIO X A IGREJA
Certo líder
religioso argumentou que a igreja deveria ser como as cidades de refúgio que
Deus designou para receber a quem matar uma pessoa involuntariamente. À primeira vista, tal argumento parece
demonstrar estreito vínculo entre o papel da igreja com as seis cidades de
refúgio; mas... Examinando cuidadosamente, a Igreja não tem nada a ver com
Cidades de Refúgio, analisemos:
. AS CIDADES DE REFÚGIO - Antes que os israelitas tomassem a
terra que o Senhor os dava por posseção, Deus deu mandamentos a Moisés para que
instruísse o povo que separassem da terra três cidades de refúgio destinado a
todo homicida involuntário,
protegendo assim, a sua vida contra o vingador:
“Este é o caso tocante ao homicida que nelas
se acolher, para que viva: aquele que, sem o querer, ferir o seu próximo, a
quem não aborrecia dantes. Assim, aquele que entrar com o seu próximo no
bosque, para cortar lenha, e, manejando com o impulso o machado para cortar a
árvore, o ferro saltar do cabo e atingir o seu próximo, e este morrer, o tal se
acolherá em uma destas cidades e viverá; para que o vingador do sangue não
persiga o homicida, quando se lhe enfurecer o coração, e o alcance, por ser comprido
o caminho, e lhe tire a vida, porque não
é culpado de morte, pois não o aborrecia dantes.” (Deuteronômio 19:4,
5, 6). - O negrito é meu.
Assim, as
cidades serviam para amparar apenas o homicida involuntário, inconsciente,
irrefletido; isto é, a todo aquele que ferisse algum homem mortalmente sem o
querer. Também,
anteriormente Moisés já havia separado três cidades na Transjordânia
(Deuteronômio 4: 41, 42, 43). O rabi Moshé
Ben Maimon (Maimônides), em seu livro “Os 613 Mandamentos”, título original
“TARIAG HÁ – MITZVOTH”, comenta:
“Por este preceito somos ordenados a separar
seis Cidades de Refúgio que estejam prontas para receber a quem matar uma
pessoa involuntariamente, e a construir estradas que levem a elas e a nivelar
essas estradas, não deixando nelas nada que possa atrapalhar o fugitivo em sua
fuga.” (Maimônides – Os 613 Mandamentos, pág. 158, Nova Stella Editorial,
1ª Edição: 1990. São Paulo – SP, Brasil). - O negrito é meu.
Destarte,
pela lei divina o homicida involuntário não
é culpado de morte, por não ter matado por querer, de forma não intencional.
. A IGREJA –
Esta não pode ser comparada como Cidades de Refúgio, uma vez que a igreja é
composta por todos os que dantes eram culpados
de morte e para estes não havia cidades para se refugiar. A Igreja não é o
refúgio, pelo contrário, é composta por todos os refugiados em Cristo, e esta foi comissionada a proclamar como único Refúgio o nome
do Ser que pode tirar de nós toda a culpa ao morrer em nosso lugar, o nome do Senhor Jesus. Portanto, o Refúgio de
todo pecador voluntário está em unir-se à Igreja - Corpo de Cristo - para estar debaixo da proteção
do esposo Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ninguém se refugia em nome de igreja, mas em o nome do Senhor, pois em nenhum outro nome há refúgio ou salvação (Atos 4:12). A humanidade não é inculpável perante Deus
(Romanos 3:10, 19, 20), sendo digna de morte pela mão divina. Para a humanidade
caída não há cidade onde se possa esconder ou se refugiar da ira de Deus:
“Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de
modo que eu não o veja? – Diz o Senhor; porventura não encho eu os céus e a
terra? – Diz o Senhor.” (Jeremias 23: 24).
Somente o
Senhor Jesus pelo Seu precioso sangue nos torna inculpáveis perante Deus, o Pai; justificando
ou tornando-nos justos pela Sua obra expiatória consumada no madeiro da cruz. Todo
pecador procura seu refúgio em o nome do Senhor Jesus, somente em Seu nome
encontramos refúgio, guarida contra a morte; esta é a súplica de um ancião:
“Em ti me tenho apoiado desde o meu
nascimento; do ventre materno tu me tiraste, tu és motivo para meus louvores
constantemente. Para muitos sou como um portento, mas tu és o meu refúgio.”
(Salmos 71: 6, 7).
Acerca do
Senhor, o profeta Isaias, escreveu:
“Porque foste a fortaleza do pobre e a
fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra
contra o calor; porque dos tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro,
como calor em lugar seco. Tu abaterás o ímpeto dos estranhos; como se abranda o
calor pela sombra da espessa nuvem, assim o hino triunfal dos tiranos será
aniquilado.” (Isaias 25: 4, 5).
O Senhor
conhece os que nEle se refugiam:
“O Senhor é bom, é fortaleza no dia da
angústia e conhece os que nele se refugiam.” (Naum 1:7).
Isaias
profetizou:
“Cada um servirá de esconderijo contra o
vento, de refúgio contra a tempestade, de torrentes de águas em lugares secos e
de sombra de grande rocha em terra sedenta.” (Isaias 32:2).
Não somos
nós mesmos quem fazemos isto, pois cada um dos servos do Senhor são
instrumentos nas mãos de Deus para benefício da sua Obra na terra, sejamos,
pois, humildes:
“Temos, porém, este tesouro em vasos de
barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” (2
Coríntios 4:7).
Em razão
disto, o Espírito Santo declarou:
“Porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.” (Filipenses 2: 13).
Assim, fica
claro que por meio dos embaixadores, Seus servos, o Senhor refugia a todos os
pecadores que a Ele buscam salvação. Este sim, é nosso Alto Refúgio:
“Em ti, força minha, esperarei; pois Deus é
meu alto refúgio.” (Salmos 59:
9). – O negrito é meu.
Romário N.
Cardoso
Bibliografia:
.
Kaldwell
Rirye, Charles. A Bíblia de Estudo Anotada – Expandida, Almeida Revista e
Atualizada. São Paulo: Mundo Cristão; Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
2007;
.
Maimônides – Os 613
Mandamentos, pág. 158, Nova Stella Editorial, 1ª Edição: 1990. São Paulo – SP,
Brasil;
. Houais,
Dicionário Sinônimos e Antônimos – Versão Ampliada – Nova
Ortografia, 2ª Edição, Publifolha, São Paulo – SP,
Brasil.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
HINO 401 – ENSINAMENTOS EXTRAÍDOS DA BÍBLIA
Este é outro hino que está sob ataque, e tido como 'herético' (?) para alguns:
401 – REVELA TEU QUERER
1.Revela, Criador, ao nosso
coração,
O santo Teu querer, a Tua
intenção;
Riquezas perenais de divinal
fulgor,
Concede-nos Senhor.
Revela, ó bom Pai, rogamos com fervor,
Teus planos eternais, por Teu
Consolador;
Precioso, para nós, é o santo Teu saber
Que nos fará vencer.
2.Oh! Faze-nos crescer na
imagem de Jesus;
Queremos prosperar na graça e
na luz.
Desvenda,ó Senhor, mistérios
lá dos céus
E pensamentos Teus.
*O negrito é meu.
O "querer" de Deus, denota sua "intenção", seus "planos" ou "pensamentos eternais"; portanto, planos eternais nada mais são que pensamentos eternais. Não se justifica todo o barulho que alguns procuram criar em torno disto. Este belo hino reflete o amor e a misericórdia de Deus sobre seu povo. Nota-se ainda, que os vocábulos “planos eternais*” e “pensamentos*” descritos no hino, estão no plural. Assim, o projeto da salvação é apenas um (1) entre outros planos que Deus tem reservado ao seu povo. Se o hino estivesse se referindo unicamente à salvação, estaria escrito ‘plano eternal’, e não “planos eternais,” 'o mistério' e não "mistérios"; nota-se ainda que os vocábulos “plano” e “pensamento” são termos SINÔNIMOS:
“Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode
ser frustrado.” (Jó 42:2 - ARA).
“Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus
pensamentos pode ser impedido.” (Jó 42:2 - ARC).
“Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos
teus propósitos
pode ser impedido.” (Jó 42:2 – ACF).
Em o coro do
hino 401, irei apenas trocar “seis”
por “meia-dúzia,” confiram:
“Revela,
ó bom Pai, rogamos com fervor, Teus pensamentos/planos/propósitos
eternais, por Teu Consolador;” (...).
Ora, sendo
que nenhum dos planos/pensamentos/propósitos/desígnios de Deus pode ser impedido, significa que são/serão concretizados, pois
tudo quanto Deus faz permanece eternamente:
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve
acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor
diante dele.” (Eclesiastes 3:14).
Assim,
cantamos ao Senhor pedindo-Lhe que Seus planos, pensamentos, propósitos que é o mesmo que “desígnios” em mistérios, nos sejam revelados:
“Certamente, o Senhor Deus não fará coisa
alguma, sem primeiro revelar o seu
segredo aos seus servos, os profetas.” (Amós 3:7).
Revelar, é
trazer à luz o que está escondido, isto é, envolto em mistério:
“Ele revela
o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.”
(Daniel 2:22).
Quanto ao desvendamento do plural “mistérios”, cremos no que é afirmado pela Escritura:
“Mas há um Deus no
céu, o qual revela os mistérios;
ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos
dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama” (...).
(Daniel 2:28).
Como se pode ver, o plural “mistérios” se referem aos muitos
segredos de Deus que, segundo a sua
vontade, vai revelando aos homens. Embora as Sagradas Escrituras seja a
revelação de Deus aos homens, nem tudo o que se encontra nEla está esclarecido.
Não conheço nenhum mortal formado em Bíblia, ou que saiba todos os mistérios
ocultos na Palavra de Deus. Todos somos alunos e aprendemos do único Mestre, o
Senhor Jesus.
“Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que
ao homem não é lícito falar.” (2 Coríntios 12:4).
Como se pode ver, há muitas coisas no céu que está envolto
em mistério, que ao homem não é
lícito falar. Nota-se ainda, que quem foi arrebatado e ouviu tais “palavras inefáveis”, era um homem.
Neste caso, quando o texto diz “que ao homem não é lícito falar”,
fica subentendido homens incrédulos.
“E ele disse-lhes: A
vós vos é dado saber os mistérios do
reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por
parábolas”. (Marcos 4:11).
O exemplo acima, é que os
mistérios ditos por Jesus diz respeito à incompreensão das “parábolas” proferidas; mas aos Seus servos, os Segredos e/ou mistérios são revelados,
esclarecidos. Há, pois, diferença no escrito do hino “mistérios” (sem artigo definido) contrastando com “o mistério” (com artigo definido).
Isto, por si só, desqualifica as argumentações de vento com que procuram atacar o devido hino; não passam de
argumentos vazios, espúrios.
“Se
porém, vier revelação a outrem que
esteja assentado, cale-se o primeiro.” (1 Coríntios 14:30).
Deus revelou
o Seu plano a Abraão acerca de sua futura
descendência (Gênesis 15:13,14). Francamente, não há nada de ‘herético’ (?) nisto,
afinal, o Senhor também revelou a
Daniel um de Seus planos/pensamentos a respeito da história
(Daniel 7); revelou Seu plano através dos sonhos de José (Gênesis 37:5 ao 10).
Assim, os
planos ou pensamentos de Deus são ocultos aos ímpios:
“Acham-se, agora, congregadas muitas nações
contra ti, que dizem: Seja profanada, e vejam os nossos olhos o seu desejo
sobre Sião. Mas não sabem os pensamentos
do Senhor, nem lhe entendem o plano
que as ajuntou como feixes na eira.” (Miquéias 4:11,12).
O Senhor
revelou o seu plano sobre Faraó e o devido efeito que isso iria causar no
mundo:
“Mas, deveras, para isto te mantive, para
mostrar meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.”
(Êxodo 9:16).
Portanto, os
planos ou pensamentos de Deus produzem efeitos eternos, não podem ser mudados
ou impedidos (Jó 42:2; Eclesiastes 3:14), a história da humanidade está sob o
domínio de Deus que tudo sabe ou conhece. Além da salvação já revelada, há
outros planos/projetos de Deus reservados a cada um de nós, Seus servos, tal
como instrumentos para realização da Sua eterna vontade. Destarte, o
título do hino 401, denota que os “planos,
pensamentos ou propósitos” de Deus ensejam nosso clamor:
“REVELA TEU QUERER”.
Os planos de
Deus manifestam Seu querer traçado na vida dos seus fieis, segundo Seus
propósitos a serem cumpridos ainda neste mundo, cujos resultados culminam em
galardão pela nossa dedicação e trabalho (Apocalipse 22:12).
Deus vos
abençoe
Romário N.
Cardoso
*Plano - Do hebraico “chashab”, refere-se basicamente a uma atividade mental de pensamento, juízo ou
desejo, de uma obra ou ação: planejar,
projetar, intentar, procurar. Outras
definições lexicais são “propósito,
espectativa, fito, ideia, intento, objetivo, programa, projeto, intenção”.
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