O estado de consciência
após a morte é algo que traz controvérsia entre muitos, digo isso no quesito de
crenças diversificadas entre a cristandade. Alguns confundem a palavra “sono” ou “dormir” como sendo um estado de inconsciência
e as referências que sempre procuram citar não possuem fundamentação de que não
há consciência das almas dos mortos na esfera que agora estão, mas sim o fato de estarem
alheios aos acontecimentos do mundo dos vivos. Infelizmente, há irmãos que creem no estado de inconsciência após a morte, mas vejamos o que dizem as
Escrituras.
Quando as Escrituras usam o termo “dormir” referindo-se a morte, apenas está fazendo uso de uma metáfora pela semelhança entre uma coisa e outra:
”Este uso metafórico da palavra sono é apropriado, por causa da semelhança na aparência entre um corpo dormente e um corpo morto; tranquilidade e paz normalmente caracterizam ambos. O objetivo da metáfora é sugerir que assim como aquele que dorme não deixa de existir enquanto o corpo dorme, assim a pessoa morta continua a existir, apesar de sua ausência da região na qual aqueles que ficaram podem ter acesso ao corpo morto, e que, assim como sabemos que o sono é temporário, assim será a morte do corpo [...].” (E. Vine. W.; White Jr. William – Dicionário Vine – O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, 2ª Edição 2003, pág. 578, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).
Sabemos que enquanto o corpo do cristão se desfaz no pó, sua personalidade espiritual permanece viva e parte para estar com Cristo (Filipenses 1.23). Foi o Senhor Jesus quem mostrou claramente o estado de consciência após a morte ao narrar sobre o rico e Lázaro (Lucas 16.19). Ambos morreram, o rico foi para o hades e Lázaro foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. Cristo apresentou o estado de consciência das almas desencarnadas, pois ao rico lhe foi dito para se “lembrar” (Lucas 16.25) da vida que levava na terra, este confirmou sua consciência, pois se lembrou da “casa de seu pai e dos cinco irmãos” (Lucas 16.27,28).
É verdade que para alguns estudiosos se trata de uma ‘parábola’ (?), mas é contestado por outros. Algumas Bíblias trazem o título “A Parábola do Rico e Lázaro”, título este que não faz parte do texto Grego mas que é acrescentado por alguns tradutores por pensar ser uma parábola. O importante, é que sendo parábola ou não, sabemos que a função da parábola é transmitir verdades espirituais. O rico depois de morto não sabia o que se passava sobre a terra, na casa do seu pai; mas sabia que pela vida que levavam na terra quando ainda estava entre eles, o destino deles seria o mesmo que o dele – o hades.
Abraão foi claro ao dizer que os vivos sobre a terra tinham “Moisés” (a lei) e “os profetas” (pregadores). Que deem ouvidos a eles, pois se não crerem neles tampouco crerão ainda que um dos mortos ressuscite.
Não obstante, alguns advogam que na morte os “pensamentos” perecem, e para isso evocam Salmos 146.4:
”Sai-lhes o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” (O negrito é meu).
Ora, amados em Cristo Jesus, para nos desvencilharmos desse argumento apócrifo que procura associar o termo “pensamento” presente no referido texto como sendo “consciência”, é necessário recorrermos ao original hebraico para aniquilar de vez esse argumento estapafúrdio! A referida passagem nada tem a ver com estado de consciência, mas de projetos e planos para vida terrena. A palavra hebraica para “pensamento” no referido texto é ‘eshttonet, significando “plano, projeto” e não estado de consciência após a morte. Assim, o texto apenas expressa que na morte os homens são impedidos de concluírem seus projetos ou planos futuros, e é isso que Tiago adverte aos que fazem projetos/planos sem colocar a vontade do Senhor sobre eles:
”Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” (Tiago 4.13, 14, 15,16).
Tiago nos fala e exorta acertado com Salmos 146.4, pois todo projeto/plano (pensamentos para o futuro) termina e cessa com a morte. Ambos os textos nada diz sobre estado de consciência após a morte, mas de planos e projetos humanos. Para compreendermos, também, a ideia do que vem a ser a expressão “dormir” ou “sono” em conexão aos mortos, devemos analisar a origem da palavra cemitério:
”Os cristãos primitivos adotaram a palavra koimeterion (que era usada pelos gregos para designar albergue para estranhos), a fim de aludir ao lugar de sepultamento dos corpos dos que faleciam; daí a origem da palavra ‘cemitério’, que significa ‘dormitório’, ‘o lugar dos que dormem’. (E. Vine. W.; White Jr. William – Dicionário Vine – O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, 2ª Edição 2003, pág. 578, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).
Assim, fica claro que o verbo “dormir” deve ser aplicado apenas ao corpo inerte e sem vida que irá para o “koimeterion” (cemitério = dormitório, o lugar dos que dormem), e não a alma desencarnada que permanece vivo e que parte para estar com Cristo. No livro de Apocalipse, João viu as almas desencarnadas que clamavam a Deus pedindo vingança, pois se “lembravam” (Apocalipse 6.9,10) de que foram mortos, cujo sangue fora derramado sobre a terra. Vemos ai, mais um estado de consciência das almas desencarnadas.
As Escrituras dizem que o homem é alma vivente (Gênesis 2.7), conquanto falando do “físico” da vida do corpo, a alma pode ser ferida e morrer (Ezequiel 22.25,27); mas em se falando da alma que o homem tem “dentro dele” (Salmos 42.6) homem algum pode matar ou destruir, quem diz isso é Jesus:
”E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”. (Mateus 10.28).
Deus vos abençoe
Romário N. Cardoso
Quando as Escrituras usam o termo “dormir” referindo-se a morte, apenas está fazendo uso de uma metáfora pela semelhança entre uma coisa e outra:
”Este uso metafórico da palavra sono é apropriado, por causa da semelhança na aparência entre um corpo dormente e um corpo morto; tranquilidade e paz normalmente caracterizam ambos. O objetivo da metáfora é sugerir que assim como aquele que dorme não deixa de existir enquanto o corpo dorme, assim a pessoa morta continua a existir, apesar de sua ausência da região na qual aqueles que ficaram podem ter acesso ao corpo morto, e que, assim como sabemos que o sono é temporário, assim será a morte do corpo [...].” (E. Vine. W.; White Jr. William – Dicionário Vine – O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, 2ª Edição 2003, pág. 578, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).
Sabemos que enquanto o corpo do cristão se desfaz no pó, sua personalidade espiritual permanece viva e parte para estar com Cristo (Filipenses 1.23). Foi o Senhor Jesus quem mostrou claramente o estado de consciência após a morte ao narrar sobre o rico e Lázaro (Lucas 16.19). Ambos morreram, o rico foi para o hades e Lázaro foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. Cristo apresentou o estado de consciência das almas desencarnadas, pois ao rico lhe foi dito para se “lembrar” (Lucas 16.25) da vida que levava na terra, este confirmou sua consciência, pois se lembrou da “casa de seu pai e dos cinco irmãos” (Lucas 16.27,28).
É verdade que para alguns estudiosos se trata de uma ‘parábola’ (?), mas é contestado por outros. Algumas Bíblias trazem o título “A Parábola do Rico e Lázaro”, título este que não faz parte do texto Grego mas que é acrescentado por alguns tradutores por pensar ser uma parábola. O importante, é que sendo parábola ou não, sabemos que a função da parábola é transmitir verdades espirituais. O rico depois de morto não sabia o que se passava sobre a terra, na casa do seu pai; mas sabia que pela vida que levavam na terra quando ainda estava entre eles, o destino deles seria o mesmo que o dele – o hades.
Abraão foi claro ao dizer que os vivos sobre a terra tinham “Moisés” (a lei) e “os profetas” (pregadores). Que deem ouvidos a eles, pois se não crerem neles tampouco crerão ainda que um dos mortos ressuscite.
Não obstante, alguns advogam que na morte os “pensamentos” perecem, e para isso evocam Salmos 146.4:
”Sai-lhes o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” (O negrito é meu).
Ora, amados em Cristo Jesus, para nos desvencilharmos desse argumento apócrifo que procura associar o termo “pensamento” presente no referido texto como sendo “consciência”, é necessário recorrermos ao original hebraico para aniquilar de vez esse argumento estapafúrdio! A referida passagem nada tem a ver com estado de consciência, mas de projetos e planos para vida terrena. A palavra hebraica para “pensamento” no referido texto é ‘eshttonet, significando “plano, projeto” e não estado de consciência após a morte. Assim, o texto apenas expressa que na morte os homens são impedidos de concluírem seus projetos ou planos futuros, e é isso que Tiago adverte aos que fazem projetos/planos sem colocar a vontade do Senhor sobre eles:
”Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.” (Tiago 4.13, 14, 15,16).
Tiago nos fala e exorta acertado com Salmos 146.4, pois todo projeto/plano (pensamentos para o futuro) termina e cessa com a morte. Ambos os textos nada diz sobre estado de consciência após a morte, mas de planos e projetos humanos. Para compreendermos, também, a ideia do que vem a ser a expressão “dormir” ou “sono” em conexão aos mortos, devemos analisar a origem da palavra cemitério:
”Os cristãos primitivos adotaram a palavra koimeterion (que era usada pelos gregos para designar albergue para estranhos), a fim de aludir ao lugar de sepultamento dos corpos dos que faleciam; daí a origem da palavra ‘cemitério’, que significa ‘dormitório’, ‘o lugar dos que dormem’. (E. Vine. W.; White Jr. William – Dicionário Vine – O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento, 2ª Edição 2003, pág. 578, Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro, RJ, Brasil).
Assim, fica claro que o verbo “dormir” deve ser aplicado apenas ao corpo inerte e sem vida que irá para o “koimeterion” (cemitério = dormitório, o lugar dos que dormem), e não a alma desencarnada que permanece vivo e que parte para estar com Cristo. No livro de Apocalipse, João viu as almas desencarnadas que clamavam a Deus pedindo vingança, pois se “lembravam” (Apocalipse 6.9,10) de que foram mortos, cujo sangue fora derramado sobre a terra. Vemos ai, mais um estado de consciência das almas desencarnadas.
As Escrituras dizem que o homem é alma vivente (Gênesis 2.7), conquanto falando do “físico” da vida do corpo, a alma pode ser ferida e morrer (Ezequiel 22.25,27); mas em se falando da alma que o homem tem “dentro dele” (Salmos 42.6) homem algum pode matar ou destruir, quem diz isso é Jesus:
”E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”. (Mateus 10.28).
Deus vos abençoe
Romário N. Cardoso
Neurocirurgião volta do coma e se convence que há vida após a morte
ResponderExcluirAlexander Eben entrou em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado.
O Fantástico conta uma história do além! Um neurocirurgião americano nunca acreditou em vida após a morte até passar por uma experiência dramática. Ele entrou em coma profundo, teve visões de uma espécie de paraíso, e voltou convencido de que existe vida do outro lado.
O que existe depois que a vida acaba? Para o neurocirurgião Alexander Eben, a morte sempre significou o fim de tudo. Ele entende do assunto: foi professor da escola de medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e há mais de 25 anos estuda o cérebro.
matéria completa:g1.globo.com/fantastico/...volta-do-coma...que-ha-vida-apos-morte.html
Amados,
ResponderExcluirPerdoem-me, mas, para mim, todas essas teorias que tratam de "vida apòs a morte", "imortalidade da alma", "alma desencarnada", etc, sao teorias hereticas que representam, tao somente, duas coisas:
1 - O deseperado DESEJO HUMANO de vencer a morte, uma inimiga cruel que o proprio homem trouxe ao mundo, por causa de sua desobediencia; e
2 - O eco das vozes malignas do diabo, o qual disse e garantiu ao homem: "certamente nao morrereis".
Para tanto, eu pergunto: serà que, quando Deus alertou Adao que a desobediencia o levaria à morte, o Senhor estava lhe explicando que a morte significava, tao somente, o retorno do corpo ao pò, mas que a "alma do homem" viveria eternamente com no paraiso? Que castigo é esse? Que obra è essa que Jesus realizou na cruz para trazer a ressurreiçao aos homens mortais, se as almas jà estao gozando e sofrendo?
A maior parte dessas teorias usam a parabola do rico e do Lazaro como uma garantia de que seus ensinamentos sao reais, esquecendo-se de que è um erro formular uma teoria em cima de algo simbolico.
Alias, isso è, maiormente, um perigo, pois hà casos de pessoas que mutilaram seus corpos ao ler/ouvir, por exemplo, aquela parte que determina ao crente que "corte o membro do seu corpo que promoveu algum escandalo, pois è melhor entrar no ceu sem ele, do que ir para o lago de fogo com o corpo inteiro".
As parabolas trazem, tao somente, liçoes morais, as quais sao importantes e devem ser consideradas por quem as leem/ouvem.
Salvo erro, a parabola supracitada nos ensina, tao somente, que tudo que o homem deve fazer para se salvar, deve ser feito EM VIDA, e que o Senhor Deus jà proveu os meios necessarios e suficientes para tal: crer em Jesus Cristo, do qual falavam as Leis e os Profetas.
Criar teorias baseadas nessa parabola, como disse, è um perigo, pois teriamos que admitir, por exemplo, que alma tem lingua, sente sede (quer beber agua), etc.
Prefiro ficar com os versos, nao simbòlicos, que nos asseguram que o ser humano deve ser visto segundo uma visao holistica (Gn 2:7) e que, na morte, cessam todas as coisas, como por exemplo: Jó 14:14, João 5:28 e 29, Daniel 12:2, Mateus 27:52, Eclesiastes 9:10, Gênesis 37:35; 42:38, Jó 14:13, Jó 17:15 e 16, Jonas 2:2, Salmos 89:48, Salmos 16:10, Salmos 49:14, Salmos 49:15, I Tessalonicenses 4:16, 17.
Outrossim, finalizo, dizendo que o Livro de Apocalipse è um livro simbòlico e nao serve como uma garantia da existencia de almas desecarnadas no ceu.
Tratam-se de visoes dadas ao apòstolo, atraves de figuras, que nos ensinam os acontecimentos do fim, referindo-se, por vezes, tambem de forma simbolica, a acontecimentos passados e presentes (dos dias em que o apostolo vivia).
Como as Escrituras Sagradas nao podem se contradizer, a visao das almas em Ap 6:9 e 20:4 representam, tao somente, duas mensagens de consolo para os cristao, as quais lhes asseguram que, mesmo sofrendo perseguiçoes e morte, pelo nome de Jesus Cristo, hà uma recompensa eterna para os santos quando o Filho de Deus retornar.
Veja o simbolismo, por exemplo, da passagem que fala que foram dadas, naquele momento, vestes brancas para aqueles que estavam repousando debaixo do altar, como se, ate entao, elas vestissem as suas proprias roupas, ou roupas manchadas.
Indico a seguinte materia para um bom esclarecimento sobre o assunto: http://lucasbanzoli.no.comunidades.net/index.php?pagina=1079461708
Deus vos abençoe!!!